O Processo Final

Caro leitor, após todo caminho de aprendizado que você trilhou neste livro, você finalmente se encontra em seu destino. Fico honrado por sua companhia durante este tempo, mas agora devo me afastar e voltar para o início, onde guiarei outra alma que busca a beleza, estética ou sistêmica, da arte computacional. Quanto a você, saiba que o mais importante não é ter chegado até aqui, nestas últimas páginas, e sim toda a sua jornada de experimentação artística e programação técnica. Espero que você tenha apreciado como a dualidade do natural com sintético é capaz de produzir frutos que são no mínimo intrigantes.

Por fim, gostaria de fazer uma reflexão e convidá-lo a meditar sobre um segredo que está escondido nas entrelinhas deste texto. O Processing permite que você use da programação para explorar seu lado matemático e artístico, criar imagens magníficas e programas que reagem a outras pessoas, seres ou ao ambiente. Ele facilita a manipulação e a visualização efetiva, ou simplesmente criativa, de dados, músicas, imagens e vídeos. Pode ser empregado em softwares usados diariamente por milhares de pessoas, ou apenas por você, em uma sessão casual de arte computacional. O Processing viabiliza uma infinidade aplicações com os mais variados propósitos, limitadas apenas pelos platôs de sua imaginação. Entretanto, lembre-se da máxima: ele não passa de uma ferramenta. O verdadeiro valor de tudo que você criar está em você mesmo, o seu código transcende a escrita, as regras, a linguagem e os resultados. Apenas você é capaz de abstrair conceitos de um meio ou solidificar ideias das incertezas. O seu ser é a personificação de sua própria computação, uma amálgama de instinto, inteligência, paixão, razão, emoção, ordem e caos. Em última instância, só existe um processo cuja natureza fundamentalmente emergente e complexa supera todos os outros: você.

Obrigado pela leitura.